LÍVIA

Meu amor é espírito

Que fala ao teu sentimento

De ser-me eu esse ser íntimo

Em ti me embebo etílico

E do nosso prazer ti vivo

Eu que ferido sou um caído

Me volto ao consolo divino

E deste amor me faço crítico

Pois esse amor o calor és lívida.

Na solidão de romântica tristeza

Contemplando as memórias com vileza

Nos umbrais de perfumes e mera incerteza

Gostar de teus beijos em fortuita riqueza

E abraçar esse corpo nu cor da Opala de malvadeza

Des-te-ei-te os orgasmos em nós acesa

Pois mulher que teima em mim ser a deusa

Aflorada nos jardins de rosas e gardênias de fineza

Me perco nas rimas desta morte em tua honradeza

Porquanto tu me dilaceras no mel do amor: sou tua presa.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 14/03/2019
Código do texto: T6597930
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