LÍVIA
Meu amor é espírito
Que fala ao teu sentimento
De ser-me eu esse ser íntimo
Em ti me embebo etílico
E do nosso prazer ti vivo
Eu que ferido sou um caído
Me volto ao consolo divino
E deste amor me faço crítico
Pois esse amor o calor és lívida.
Na solidão de romântica tristeza
Contemplando as memórias com vileza
Nos umbrais de perfumes e mera incerteza
Gostar de teus beijos em fortuita riqueza
E abraçar esse corpo nu cor da Opala de malvadeza
Des-te-ei-te os orgasmos em nós acesa
Pois mulher que teima em mim ser a deusa
Aflorada nos jardins de rosas e gardênias de fineza
Me perco nas rimas desta morte em tua honradeza
Porquanto tu me dilaceras no mel do amor: sou tua presa.