FALSO SAMBINHA
não sei o que essa cabeça andou pensando
nada sei desse coração calado
por onde essas pernas perambularam
e essas mãos contidas pelas regras e as rezas
tampouco o que os olhos viram
menos ainda o que as bocas mastigaram
é tão triste essa festa
tão contrária do falso luto
mas o poema aí está
só não vê quem não lê
com a pele