BAR

Bar, recanto de copos

Igreja de tortos

Cemitério do que

Não queremos perto de nós

Caminho reto dos cambaleantes

Embriagados e errantes

Anestesiando a dor

Dando uma moral

Um sentido na vida no final do dia

Velas ou cigarros não importam

Vou pro bar pra agüentar o dia após

Outro dia, porque amanhã

Tem mais um dia de cão pra viver

Ainda bem que tem a noite

Pra ir cultuar meus santos

Gelados e derramados em meu copo

Meu corpo entorpecido

Torto e dormente até que em fim

O fim é só quando acaba o gole

Ou entorno o copo

Triste, apenas quando vou embora

Viver a vida sóbrio.

Bruno Andradi
Enviado por Bruno Andradi em 13/03/2019
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