BAR
Bar, recanto de copos
Igreja de tortos
Cemitério do que
Não queremos perto de nós
Caminho reto dos cambaleantes
Embriagados e errantes
Anestesiando a dor
Dando uma moral
Um sentido na vida no final do dia
Velas ou cigarros não importam
Vou pro bar pra agüentar o dia após
Outro dia, porque amanhã
Tem mais um dia de cão pra viver
Ainda bem que tem a noite
Pra ir cultuar meus santos
Gelados e derramados em meu copo
Meu corpo entorpecido
Torto e dormente até que em fim
O fim é só quando acaba o gole
Ou entorno o copo
Triste, apenas quando vou embora
Viver a vida sóbrio.