TIC TAC

Desfila na vértebra da manhã terminal,

um azul cálido que também se despede

sob a Extrema-unção do vento nesse funeral

abafado e silencioso. E sem dó. E sem prece,

pois é do encontro dos ponteiros, o umbral

claro do meio: o que nasce e o que falece.

As sete vidas da tarde rompem o roxo da linha.

A lança das dezoito. E a noite não é alta. Ainda.