Andarilho...
Andarilho
Precisavas ir...
Não haveria como fugir
Via em seu olhar
Apagava-se aos poucos
Se ficásseis aqui, o teria morto…
Nossos ritmos perdiam-se na estrada
A solidão a qual pensei, tivésseis deixado lá fora
Fez-se acompanhada, aos poucos se achegava...
Por vezes, o vi ali, paralisado
Observavas a vida escorrer
Parecia cansada… Sentias pena
A culpa, é pesada...
Juro!
Fui, o que podia
Vendo-o escorrer
Também escorria...
Sabia
O canto da aventura chama
É sublime
E sua vontade profana
Enebria,a mente faz-se insana…
Precisavas ir
Não haveria como fugir…
Já dizias
“A vida é trem bala”
Viagem só de ida
Ousei dizer:
Se o sonho é mais forte que a acolhida
Não há aliança...
Embora o leve
Essa vida
É mala vazia de esperança...