KAISER NINGUÉM XVIII - Caso do Acaso

Eu sou o caso do acaso, vim da dança da poeira

O asteróide, sou o vaso forjado de tal maneira

Sou a colisão atômica nas camadas de valência

Paradoxo, sou beleza e ordem nascidas da violência

Eu sou o choque de asteróides, criador das estações

Pai da lua, dia e noite, propulsor das rotações

Eu sou o cometa alienígena, trago a água mãe da vida

Sou carbono, sopa química e a energia transmitida

Eu sou o caos originário provedor das condições

Os elétrons e o estado nas ações e reações

Eu sou caso do acaso, sou o ancestral primário

E a ordenança transmitida, sou da vida o corolário

Eu sou o coração da Terra, núcleo metálico, fluido e denso

Primeiro escudo na guerra contra o sol e o raio intenso

Eu sou o campo magnético e a camada de ozônio

E o metabolismo energético, sou da vida o patrimônio

Eu sou o cataclisma, sou o quase fim de tudo

A lembrança que ainda cisma em vencer o absurdo

Eu sou o ancestral comum, sou a corda que interliga

A prova de que somos um, diferentes pela briga

Eu sou caso do acaso, mas talvez seja o inverso, sou diverso

Quem sabe eu até seja resultado das leis do universo

Eu sou a superação na propagação do segredo que contém

A consagração da vida em comunhão, eu sou o Kaiser Ninguém

NoOnee
Enviado por NoOnee em 05/03/2019
Reeditado em 09/11/2019
Código do texto: T6590219
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