Oceano
Vida à dentro,
continuar,
ora apressado, ora lento,
nesse oceano de sonhos, à alma
acalentar.
Esboço de barco,
dou vida ao barco, retrato da fragilidade.
Sem remos, sobreviverei,
na fúria das águas, e ventanias,
vejo as gaivotas, passando sem
alegria.
O sol queimou os meus anseios,
como consolo, o abraço do mar,
amanhã,
dos tubarões, vou me livrar.
De noite, mesmo sem lua,
vou me encantar com as sereias,
e os contos dos pescadores,
silêncio,
reflexão, confessarei alguns temores.
Para trás deixarei a infelicidade,
na menina dos meus olhos,
respostas.
Artimanha do tempo, à tona a realidade.
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