Oceano 




Vida à dentro,
continuar,
ora apressado, ora lento,
nesse oceano de sonhos, à alma
               acalentar.

Esboço de barco,
dou vida ao barco, retrato da fragilidade.

Sem remos, sobreviverei,
na fúria das águas, e ventanias,
vejo as gaivotas, passando sem
                  alegria.

O sol queimou os meus anseios,
como consolo, o abraço do mar,
                  amanhã,
dos tubarões, vou me livrar.

De noite, mesmo sem lua,
vou me encantar com as sereias,
e os contos dos pescadores,
                 silêncio,
reflexão, confessarei alguns temores.
 
Para trás deixarei a infelicidade,
na menina dos meus olhos,
                 respostas.

Artimanha do tempo, à tona a realidade.

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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 05/03/2019
Código do texto: T6590055
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