DEPOIS DA CHUVA

Rio, 18 – 27/09/93.

Zumbe o vento

O pássaro voa

O mato se encurva

O trovão soa

O rio passa lento

A água está turva

A chuva cai forte

E no céu há cortes

Dos relâmpagos brilhantes

Que alumiam por instantes.

A floresta está calada

A terra fica molhada

O chão bebe a água derramada

O verdume extravasa

As flores na relva reluzem

Ao luzir do sol.

É o dia após a chuva

O espetáculo acontece em prol

Dos olhos do poeta

Que observam o rimar do tempo.