POSTÂNSIAS

De tudo e um pouco me sinto feito
Me dou amor e peço desamor
Me dou desamor e peço amor
Estou onde nunca fico
Onde clamo para ser encontrado
E de onde saio de soslaio
 
O todo é um tudo que vira nada
O que fenece renasce
O que ama em silêncio
Grita para si mesmo
O embrião não cabe em si
Talvez em outrem
 
Todo afeto é meio aleijão
Vim das cavernas da simplicidade
Mas vocês me adulteraram
Não tenho tacapes, trago poemas
E um jeito atabalhoado de pensar
Meio frágil, meio imprevidente, quase altivo.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 02/03/2019
Reeditado em 02/03/2019
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