ARTISTA POBRE

Depois do meu descanso

Me passa a pena de ganso

E um pedaço de papel de pão

O tinteiro e não derrame

Um naco de pão com salame

Quero escrever a canção

Para ensaiar no meu pinho

Cantor poeta sempre sozinho

Que não tem eira e nem beira

Vive matando cachorro a grito

Bebe pinga e fuma um pito

De segunda a sexta feira

Sábado e domingo se pinta

Acha a lata e mexe a tinta

Palhaço de cara pintada

Que canta, chora e declama

E quando chega fim de semana

Tá com a carteira pelada!

Escrito as 15:16 hrs., de 02/03/2019 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 02/03/2019
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