Jornada
Sim, somos capazes
De continuar sem saber
Onde a estrada vai dar
Somos perfeitos
Em nos distrair no percurso
Morrer de amor
Viver na dor
Travar lutas homéricas
Dentro e fora
Nos tornar frágeis na derrota
E heróis na vitória
Nos desmanchar de prazer
Acalentar sonhos
Ou nos perder nas frustrações
E ao chegar
O desfolhar da existência
Acreditar
Que a esperança derradeira
Possa se concretizar
Ao findar a jornada
Ah, Gil…
Que não dê em nada!