DOIS MUNDOS

Vivo fugindo de mim

Quase sempre pelos fundos

Quebrei todos os espelhos

Não me encaro mais no mundo

Minha face está partida

Meu peito

Há muito rachado

Meu choro

Hoje prendido

Quer logo ser liberado

Sofrido é

Pra quem sempre vive

Na tênue linha que separa

Uma mente que delira

De outra

Lúcida

Clara