O cheiro da agonia
Me sinto um tanto indefeso
pra compreender onde se guarda o perdão
onde repousa o medo
onde caminha a fé.
Fico um tanto atônito
pra compreender o tempo da traição
o galope do sonho
a enxurrada da paixão.
Fico um tanto débil
pra compreender onde escoa a alegria
as nervuras da compaixão
os recantos íngremes da paz.
Fico um tanto surrado
pra compreender a face do pesar
o tremular das angústia
o voar da gratidão.
Fico um tanto acuado
pra compreender o cheiro da agonia
a alegoria do encanto
o perpetuar do querer-bem.