Na praça

Éramos nós cotra todos,

Minha cabeça repousada em teu colo,

Pessoas desfilando ao redor de nós,

Nada desviava o teu olhar do meu.

O brilho exalado em teus olhos,

Eu me vendo no reflexo que teus olhos projetavam,

O repousar dos nossos lábios,

Palavras nossas que só nós sabemos ouvir.

Eu sendo teu e entregando em tuas mãos a chave minha,

Quaisquer fresta que em mim houvesse,

Tu haveria de preencher, estivemos só na multidão,

Porque nós dois nos gostamos e nada importa.

Eu preso no que és,

Esqueço até que sinto e não sei se sinto,

Estar perdido ao teu lado,

É a forma mais sensata de saber quem sou.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 23/02/2019
Reeditado em 23/02/2019
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