Hominídeos
Homem macaco febril
Filho do tempo
Que se move pela história
Faz tua existe inútil
Ser para sempre um dilema
Um silêncio ecoa sobre tuas fundações
Fecundo pra posteridade
Infelizmente contemporâneidade
Tuas deidades
São cimento e barro
Teu mundo é de plástico
E tuas verdades não passam
De mentiras podres impostas
Pela força coercitiva
Do medo e covardia
Diante da imensidão
De joelhos se prosta
E uma lágrima escorre
Em teus olhos
Primata ancestrais
Primos niandetais
Sapios sabe não ser
Sublime inspiração
Tu alcançou as estrelas
Brilha brilha em teu momento
E some como fagulha
E morre nos braços do tempo.