Cristais
Nos teus ombros desliza um desejo subtil onde ficam os dedos navegando.
O corpo é uma espécie de escrita, um poder sem método quase como um caos,
a impaciência infiltra-se por tubos impressos sob a leveza da pele.
Nessa paisagem os corredores da memória seriam habitados por personagens
delidas nas circunstâncias, cabelos voejando, rostos em espelhos constantes.
Um risco azul traça o mapa das veias e qualquer percurso por esse labirinto
insinua a penumbra dos cristais da morte.