Madrugada I

lentamente

a treva se dissipa

presa no topo de uma árvore

a estrela da manhã ainda está visível

do cárcere

eu ainda desejo que esta estrela me guie

um passarinho grita longe

rasgando o pequeno véu entre a solidão e o dia

o frescor da madrugada não tem o mesmo perfume

“bem-te-vi”

mas está tudo bem

eu não sou a mesma prisioneira de antes...

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Esta poesia recebeu "Menção Honrosa" no

Concurso Literário: Contos, Crônicas e Poemas

organizado pela CLIPmulher - Câmara Literária de Pomerode/RS

e foi publicada no livro

Conexão Brasil

2018

página 172

ISBN 978-8593043-66-6