O RETORNO
O RETORNO
Fernando Alberto Salinas Couto
Eis que a chuva acabou,
o Sol, brilhante, voltou,
mas tu não voltastes
e a tua ausência cruel,
em meus olhos tristes,
deixa minh’alma ao léu.
As juras em que acreditei
hoje são sonhos perdidos
no tempo e no espaço.
Confesso que já não sei
lidar com sonhos partidos
e sequer sei o que faço...
Se aceito um novo amor,
em alguém diferente de ti
que enriqueça o meu viver
e que saiba dar mais valor
a tudo que eu te ofereci
e que não me deixe sofrer.
Ou se me atiro à nostalgia,
sonhando com nosso amor,
acreditando no teu retorno,
um retorno que algum dia
me liberte da intensa dor
que faz do amor um inferno.
Assim, como toda atmosfera,
vive sempre se alternando,
tal qual a ciência nos ensina,
eu prefiro ficar nessa espera,
em dias melhores acreditando
e crendo na providência divina.
RJ – 10/02/19
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Com satisfação, agradeço a inspiradíssima interação
enviada pelo nobre poeta
Jacó Filho
Pra curar meu desengano,
Vou precisar várias vidas.
Decepções estou purgando,
Para fechar as feridas.
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