Amor Partido ao Pôr do Sol
O verso injucundo ensarilhado
de um aforismo algoz labiríntico
num azo algures intrincado
olhando o pôr do sol pintalgado
e a brisa farfalhou a voz da árvore
que vociferou calada suas ramagens
onustos seus galhos aninhavam pássaros
enquanto à noite adentrava o olhar
que ameno e alquebrado afidalgava
todo esse momento raro vivificador
entrecortado pelas escabrosidades do amor
que fez-se vivo, partiu, e deixou dor.