IMUTÁVEIS.
Caminhando cabisbaixo pela rua
Sob o olhar triste da meiga lua
Carregando o peso de um passado distante
Aquela pobre alma peregrina
Não descobriu qual é sua sina
Agora vive como um errante
Cai a fria chuva copiosamente
Mistura com as suas lágrimas quentes
Sua tristeza é tamanha e constante
Onde pode encontrar o alivio desejado
A procura marca seu triste semblante
Seu futuro quanto o seu passado
Não existe nada de semelhante
Sua alma é um profundo deserto
Caminhando com seus passos incertos
Tentando fugir destes laços quadrantes
Nunca sai deste terrível emaranhado
Seu tempo a muito já foi traçado
Nunca muda o que já lhe foi marcado
Nem um dia, hora minuto ou instante.