SEM ASAS

SEM ASAS

A passarada se assanha

É hora da aurora

O alarido, os gorjeios

Despertam antes dos voos

É hora de bater asas

Buscar a sobrevivência

Ao mesmo tempo

Seres sem asas

Saem de suas casas

E fazem o mesmo

Grudados no chão

Apenas os pensamentos voam

Quimeras ou pesadelos os acompanham

A sobrevivência é mais dura

Pássaros gostariam de ser

Mesmo que por um só dia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 17/02/2019
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