Sigo no tempo
 
Vejo a minha alma no tempo
Com algumas rugas despidas
Inerente ao sonho passado
Devido a interferência partida
Que rola dentro da vida
Nos olhos um sorriso sério
Como um gesto quase inútil
Onde  se acumulam os resíduos
Que roça no passado nu
As nuvens caem aos prantos
Molhando todos os raios
Que desfrutavam à toa
De uma tarde faceira
Como uma flor solitária
Despindo-se para o mundo
O céu cinzento respingava
E amordaçavam as gotas
Que enfeitavam os meus sonhos
Numa tarde virtuosa e mística
Que camuflava toda a angústia
Em outras tardes vazias
E de tantos encantos ávidos




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 17/02/2019
Reeditado em 17/02/2019
Código do texto: T6577188
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