ADEUS

Abra seu armário empoeirado, cheio de retratos velhos
De atrasos nas promessas
E deixe os livros antigos denunciarem seus descasos
Desça e peça um pouco de piedade
Um atraso de décadas, séculos
Presos em seu quarto, na verdade.
Abra as janelas e os vidros de sua alma.
Respire, se acalme, não vale a pena chorar
E deixe ir embora os fantasmas que aprisionou
Liberte as dores, os pesares, o medo e também a vida
Que não retorna, não tem jeito, nunca terá...
Deixe em paz os seus mortos
Deixe a sorte todos que decidiram partir
E também quem você deixou para trás
Não faça, pois a vida não faz, um retorno ao desconhecido...
Nada nunca será igual como antes, nunca mais
E mesmo que esteja perdido
Continue o caminho em frente
Sozinho ou acompanhando
Solteiro ou casado
O que resta, o que restará no fim dessa lida
Será sempre as lembranças
Que se forem boas, sim... merecem ser guardadas
não por você, mas sim pela vida.
Durma bebê... uma boa noite
Um beijo para você
Até breve, até nunca mais.
Até amanhã
E que o passado descanse em paz.
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 15/02/2019
Código do texto: T6576030
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