O POEMA PERDIDO

posso morar em qualquer parte

onde ao menos a gente se esbarre

como vênus e júpiter

sorrindo um para o outro

em novembro numa segunda 13

a olho nu quero ver

como você confere as horas

ou como cruza a esquina

ou como um fio do teu cabelo

sobre a calçada

deixa o dia mais dia

com você quero colecionar xícaras lascadas

como quem guarda cacos de vidros

que refletidos ao sol viram poemas

onde o mundo nos for casa

sempre será o outro lado do mar.

Pedro Stkls
Enviado por Pedro Stkls em 14/02/2019
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