Estado de Emergência.
E depois que a conheci o meu estômago revira toda vez que a vejo, a todo momento que escuto a sua voz, a todo instante que penso nela, entro nesse quarto de hospital e digo: Doutor, pois bem, o que tenho é sintoma de amor, sonho com elas todas as noites, nela quero me isolar, tudo que faço me leva a ela, tudo que penso é direcionado a ela, fora essa saudade enorme no meu peito, essa tristeza por não tê-la ao meu lado, essa euforia que sinto ao desejar encontrá-la e esse pânico que fico ao pensar que ela possa encontrar um outro alguém para amar, minha respiração fica ofegante quando não tenho notícias dela, sua distância me causa melancolia, Doutor, eu estou doente de amor, eu estou obcecado por essa mulher, me receita uma dose do amor dessa mulher, uma terapia de noite ao lado dela, um cafuné, um passeio ao lado dela, um abraço, um carinho dessa mulher ou então, diga a ela que estou pirado, que me enlouqueci por ela, quem sabe assim, ela me interna em teu coração, em tua vida, em tua casa, mas, fala com ela Doutor: que se eu morrer, morri de amor por ela, fala também que ela é meu remédio, é minha cura, é meu tratamento, é meu eterno acalento.