fruis surten

Flutuo

Sou

Areia em movimento

Ar soprado no invisível

(Janelas e portas são lugares

Secretos que nos convidam

Para outros carnavais,

Do alto,

A esperança brigando

Com a morte, desço

Com cuidado a escada

Flutuo no escuro do corpo ,

Náufrago de mim mesmo

Contemplo a morte no

Fundo da sala, os espelhos

Nunca nos enganas, viramos

As costa e já nos esqueceu,

Meu ventre é amontoado

De coisas

Que não sei, mas acredito

No fogo, no ferro, no trigo e

No coração da vida,

Acredito no som que me estala

No silêncio, no vácuo que encontram

Tudo que não é cimento, afirmo que ando

Com as duas pernas, tenho braços bem formados,

E uma vontade enorme de aprender

Mergulhar, mas com o nariz ventilando

Sem medo ou bobagem nos decantam,

Hoje escrevi um bilhete pra minha primeira namorada

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 08/02/2019
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