ANDANDO... E ANDANDO
Dedos inquietos, trêmulos...
Por um cansaço, que não
desaparece com os sonhos.
Por mais que ele durma...
Por mais que ele tente.
Olhos parecem
que já nasceram
um tanto fechados...
Que amor lhe virá?
Que amor lhe será?
Por mais que se doe...
Por mais que ele tente...
Frequenta bares, sem
uma gota de álcool.
E mulheres, sem
um tico de sexo.
Todas as comidas
azedam...
Todas as bebidas
esquentam...
Todos os passos
são feitos
Pés, após pés...
Com um violino
ou um rock que lhe persegue.
Que futuro será,
Oráculo?
Que dor lhe trará,
sua pele?
Mesmo morto
ele continuará
Andando... e andando.