O Vômito da Barragem

Havia
um misto de
fome
e
pressa
no correr da lama
que vomitava rejeitos.
Devorou a mata,
os homens,
suas refeições,
escritórios e
máquinas.
Devastou construções.
Engoliu a pousada,
os animais no caminho,
devastou plantações.
Avermelhou-se o Feijão
na sua inocência de córrego
de águas claras e transparentes.
Só a Vale não percebeu o tamanho da tristeza
e as fatais desolações
em que se afogou Brumadinho das Gerais.
 
Rogoldoni
04 02 2019

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Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 08/02/2019
Reeditado em 08/02/2019
Código do texto: T6569645
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