Brumadinho.
Acordam na calmaria
E nem imaginam
O que prestes vai acontecer
E tocam a vida
Batalhando pelo o que
Os fará sobreviver.
Já havia
Uma catástrofe iminente
Que os gananciosos
Figiam não ver
Para não perder seus milhões
Não se preocupando
Com que famílias inteiras
Iriam perder.
Ouvi-se um barulho
Como som de muitas águas,
Rompe-se a fúria da crueldade
De homens desalmados e cruéis
Em forma de lama
Gritos,
Desesperos,
Pavores
Pânico,
Olhos arregalados
Corre corre, cada um tentando
Se salvar da morte
Que os veio buscar.
Quem ouvirá a voz
Daqueles que a morte resolveu calar?
Mas que continuam gritando
Para que outros não venham passar
Quem se levantará para estas causas defender
E a justiça fazer cumprir?
Por todos os que se foram
E por aqueles que sobreviveram
A essa matança cruel
E estão aqui.
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Quem os ajudará reconstruir
O que levou uma vida inteira
Para conseguir?
E em segundos se acabou
E quem apagará a dor insuportável
Da perda de quem tanto se amou ?
Onde famílias inteiras debaixo da lama ficou.
Foi pela desgraça da ganância dos homens
Que Brumadinho e centenas de seus filhos
Pagaram com a vida
Levantando uma bandeira
Para o Brasil despertar
E exigir que providências sejam tomadas
Para que outras barreiras sejam fechadas
E outras cidades e famílias inteiras
Não venham ser devastadas.
Rejane Barros da SIlva.