Estranho em Moscow
Desvinculo o descenso do cálice atônito da saudade
Fábulas incidem a imposição do desejo
Incito relações na infâmia face de meu parecer
As rosas choram no fulgor da luz
E meu coração ensoberbece de prazer
Olhando para o paraíso divino
Que acalenta o sacrifício aniquilando a soberba do terror
O fascínio transcende a face da misericórdia
Vislumbro a sagaz fórmula do prazer
Escondo meu parecer simulando a ação atônita do desejo
Respiro no galgar da escuridão
Atravesso a desolação coberta por uma névoa misericórdiosa
Nas solitude das nuvens
Que famigeram as colunas no desespero de seus enigmas
Incito os comas do desejo
Conversando com as bodas da confissão da saudade
Moldo meu sacrifício na infame fábula do acaso
Converso com as estrelas e naufrago nas hastes dos céus
O meu destino factua com a honrosa magia da luz
Quero embrulhar as paletas de minha imaginação
Nas colunas de minha alma
Abrasando a sagaz procedência da paz
Penso no sacrifício de minha emoção
Que escreveu seus passos nos córtices do paraíso
Como recitar cartas se o meu coração transcende
As fórmulas naturais da solidão
Como alcançar o herói dentro de você
Se tudo parece perdido no crespusculo
Que evidência a sagaz mancha da sombra da manhã
Deixe-me ir solitário até o vale da maturidade
Encho meu interior de lágrimas de dor
Mais me sinto alegre de saber que são raras
Mas existem anjos que vivem a procura de um amor verdadeiro
Na solidez invasiva do futuro
Os meus passos sinfonizam o paraíso
Que há dentro de mim
Só quero alcançar o Everest da misericórdia
E torcer que o vento resseque as dunas da razão
Me sinto sozinho em Moscow
Uma pessoa reflexiva olhando para o horizonte mundial
E esperando a chuva me amparar com suas lágrimas
No conceito traumático de minha redenção
Escalo o pico da reflexão
Aniquilando meus passos na imprevisibilidade do raciocínio
Construindo demandas na valsa do castiçal da ascensão
Até o conflito dissidente protagonizado
Pelas fórmulas intrigantes inflamadas
Pelo escalão do desejo