ATROCIDADE
ATROCIDADE
Acorda corda, acorda!
Não vê que as almas ingênuas
estão morrendo enforcadas
... Entre, nó e dobras amenas
por sempre pouco, quase nada!
Você que se amarrou aos meios
dos cais dos portos e dos ortos,
nos porões de seus negreiros
nas correntes do mundo inteiro
e docas dos sonhos mortos.
Acorda, corda acorda!
Das forcas e dos pescoços
não vê vã, suas manobras...
Sobre aqueles que estão mortos.
Suas marras e suas amarras
sufocando a liberdade
ajudam apenas as garras
d'aqueles que fazem farras
com suas atrocidades.
Antonio Montes
ATROCIDADE
Acorda corda, acorda!
Não vê que as almas ingênuas
estão morrendo enforcadas
... Entre, nó e dobras amenas
por sempre pouco, quase nada!
Você que se amarrou aos meios
dos cais dos portos e dos ortos,
nos porões de seus negreiros
nas correntes do mundo inteiro
e docas dos sonhos mortos.
Acorda, corda acorda!
Das forcas e dos pescoços
não vê vã, suas manobras...
Sobre aqueles que estão mortos.
Suas marras e suas amarras
sufocando a liberdade
ajudam apenas as garras
d'aqueles que fazem farras
com suas atrocidades.
Antonio Montes