POESIA PROPAROXÍTONA

Deitar-se na rede e dormir como se fosse um príncipe.

Viver o sonho como se fosse o último.

Ficar sorrindo do momento trágico.

Olhar-se no espelho como se fosse mágico.

Sorrir das maluquices como se fosse mágico.

E aquele trapalhão se despindo atrapalhando o tráfego.

Fitar teus olhos como se fosse filósofo

Cantar uma canção como se fosse pássaro

Dizer-te amo num sorriso flácido

Amar as alegorias num cantar mágico

E ficar aqui olhando o passado trágico

E nunca mais pensar em tempos mágicos,

Apenas ficar sonhando como matemático

Que faz suas contas eletrônicas

Que nada dizem de plácida.

Ainda somos encantados com uma flauta mágica

Que marca a escrita daquela página

Escorregadia como cachoeira cheia de espetáculo

Daqueles pingos de água de terras planálticas

Que vêm em direção ao eu tão solícito

Que busco um sorriso belo tão explícito

Na magia da poesia apocalítica

Que explicita a hegemonia magnífica

Tão bela e linda que parece bíblica

Usando métodos

E metáforas

Explicitando cantos líricos

Num emaranhado insólito

De quase tudo nesse momento tórrido

Em que se bebe muito porque não é tão sólido

Num galho seco, um pássaro!

Um beijo em público

Uma saudade única

Ouvindo aquela música

Que se multiplica como na matemática

Ensaiando os vértices

Estampados em hélices

Desaguando em mares ácidos

Que esmeram poesias plásticas

Como um sorriso elástico

De um amor fantástico

Nesse país maravilha enigmático!

Cidade de Goiás – GO, 2018.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 03/02/2019
Código do texto: T6566351
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