As Armas da Desolação

Vibrações sufocam o momento naufragante da noite

A chuva inunda as paredes do desejo

Atordoo o plano confessionário do destino

Recíprocas dádivas dissecam o parlamento do infame

Abraso a nova rota ensandecida

Pelos logaritmos do anormal

Conflito meu desejo na relação sagaz do prazer

Nocauteando palavras na dissidência da saudade

Conflitos exponenciam os vários gametas da provisão

Sonho na residência da emoção

Vibro nas fórmulas de meu parecer

Pois entrecorto desejos na oxidação do destino

Faleço satirizações no mormaço da manhã

Trafego no calabouço iníquo

Moldando paz na síntese do amanhecer

Dissimulo sobreposições no destino da razão

Aniquilo o desejo de meus pêsames

Desvendando fascínios na juventude da desolação

Declamo desafetos no oblíquo desejo da saudade

Colônias sangram na corrente da mitigação do sofrimento

Como derramar lágrimas nas lápides

Se o meu caminho encruzilha nas histórias

Das marquises escriturais da ilusão

Desvaneço meu caminho nas auréolas da estação

Que sucateia o ponto náutico da saudade

Gotejo as fábulas que desintegram as facetas do desejo

Onde as palavras descabelam as gotículas do medo

Permaneço irrepreensível na cultura sádica da dor

Nocauteio bombardeio de ilusões

Nas formas irrisórias da saudade

Quero desvanecer ideias no conflito periclitante do amor

Vendagens não com a confissão retórica do prazer

Não me conformo com o roubo do retrospecto da razão

Insiro suposições no devaneio ríspido da luz

Meu coração copula com as anedotas imprescindíveis

Do meu parecer onde galgo acefalias

No condor da esperança

Inquisiciono meus atos na deidade do anormal

Arquiteto visões na soberba da paz

Olho o matrimônio do desejo

Sacrificando seus atos em várias intemperes da emoção

Escrevo as traças do jugo de minha cobrança

Reparo na solidão esbabacante do sofrimento

Que desdenha a uniforme paralisia do coração

No retrocesso dimensiono vertentes

No ponto desconexo da iniquidade

Escrevo desejos no calor abrasivo da redenção

Palavras não condiz com a solidez especial de meu imaginário

Os córtices recitam o desejo inclusivo da redenção

Que camufla solidez nas marquises do olhar