REVOLTA
Minha primeira poesia
Maio de 1969
No paradoxo da vida
Todos os caminhos são válidos
Entretanto o meu coração
Não pode ficar calado.
Ouçam o grito de um neurótico
E o estudante a quebrar vidraças
Eles são subprodutos
Da nossa própria desgraça
Vejam os mutilados
E o carrão que passa
Todos dois foram feitos
Da mais bonita trapaça
Na rua um homem pede esmolas
Na mansão quanto regalo
Todos os dois tem e muito
Embora desproporcionado
Falta de comida é fome
Comida demais é enfarte
Um supremo artista
Os pintou com muita arte.
Minha primeira poesia
Maio de 1969
No paradoxo da vida
Todos os caminhos são válidos
Entretanto o meu coração
Não pode ficar calado.
Ouçam o grito de um neurótico
E o estudante a quebrar vidraças
Eles são subprodutos
Da nossa própria desgraça
Vejam os mutilados
E o carrão que passa
Todos dois foram feitos
Da mais bonita trapaça
Na rua um homem pede esmolas
Na mansão quanto regalo
Todos os dois tem e muito
Embora desproporcionado
Falta de comida é fome
Comida demais é enfarte
Um supremo artista
Os pintou com muita arte.