ESSA ANEDOTA QUE SE CHAMA VIDA.

Sou um espectro
na noite
escura,
reflexo de um tunel
que não tem fim,
reflete em mim fria
chuva que silencia 
a noite,
não me venha com mel
para adoçar a boca amarga,
dê -me a cruz sobre esse
ombro insignificante,
tenebroso é o vento que
sopra o vale,
e impia é a lua que me olha
dum céu distânte,
sou profundo abismo ,
submundo onde a vegetação
não há.
não vejo Deus
sombreando o vale,
não faço catira de minha cura,
veneravel é o calor  e profícuo
é essa voz que não me dita nada,
sou incapaz
de deslumbrar o norte,
ruge as varias bocas que comem
a carne,
esperai o ultimo suspiro,
por onde o rocho sombreará
os lábios,
estrelas apagadas num céu
sob nuvens,
arranque os brados da carne fria,
essa anedota que se chama vida,
um suspiro, uma lágrima,
e até nunca mais,
a fugaz tempestade se foi,
como um ser cansado,
que se demite dos sonhos,
para tentar outras plantações.








 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 02/02/2019
Código do texto: T6565722
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