FRAGRÂNCIA DE AMOR
FRAGRÂNCIA DE AMOR
JB Xavier
Apareces como desapareces em minha vida,
Como uma visão celestial,
um sopro de esperança, uma ilusão,
Como a miragem ilusória no deserto,
Acenando com a água salvadora, entre areias escaldantes...
Apareces como a última fonte à beira do caminho,
E desapareces como a nuvem,
após ter me oferecido sua melhor sombra...
Surges assim, em minha vida, chegando do país dos sonhos,
Onde tua realidade é minha realidade, embora sejam ambas
As mais sublimes de nossas ilusões...
Vens como um lampejo de rituais sagrados,
Ou como voláteis fagulhas de eternidades passageiras,
Como trinados de aves canoras, em gentis melodias,
Ou como trevas alucinantes, onde me perco de mim mesmo...
Apareces como desapareces em minha vida,
E como dúvida perene, és também um favo de certezas,
De onde recolho o mel de minhas expectativas...
Vens como o equilíbrio universal, regulando meu universo,
Ou vens, muitas vezes, disfarçando-se em melodiosos versos
Que derramo sobre minhas ressequidas esperas,
No aguardo que o viço da vida as revigore...
Vens ao amanhecer, com o raiar do sol,
Ou mesmo quando a noite se aproxima,
e reina em minha volta a solidão,
Vens como uma vaga realidade,
Como aragem divina, trazendo uma doce fragrância querida
Um longínquo vestígio de saudade,
Com a qual aspiro a essência divinal da vida!.
* * *