operário II

envelheço as rugas

porque não tenho pressa

quando morre a labuta

da noite, caem as estrelas em vão?

o que escreve

um operário após um

dia de chão?

e sentado, a beira da minha testa,

canso os braços do pão

recosto sob as horas

à espreita do Cão

releio as sobras

de uma vida em vão

mas envelheço as rugas

porque não tenho pressa

Jeronimo Collares
Enviado por Jeronimo Collares em 02/02/2019
Código do texto: T6565098
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