Cosmos, ou a Câmara dos Libertinos
Diabo e Deus em brindes e brados de evocatio,
Nietzsche encoleirado redime-se em felatio.
Querubins e Cérbero festejam em bestialismo sangrento,
fazendo colorir em sangue e sêmen o cotidiano cinzento.
Aquarela da maldade sem paixão.
Mal preciso e friamente calculado.
Executado em bom excesso, sem exceção,
Mal necessário pelo Cosmos ordenado.
E em obediente bucolia o forte pisa o fraco,
corta-o, queima-o e fode-o em todo buraco.
Ante o Grande Olho que masturbando-se muito se apetece...
À psicopatia deste grande bastardo dispensa-se anamnese.
Que celebre tal destino o homem agrilhoado,
Em incesto e sodomia seu promíscuo e sôfrego fado.
Que se fodam os filósofos e doutos com suas teses,
E celebre-se a vida em seu banquete de sangue, sêmen e fezes!