Cosmos, ou a Câmara dos Libertinos

Diabo e Deus em brindes e brados de evocatio,

Nietzsche encoleirado redime-se em felatio.

Querubins e Cérbero festejam em bestialismo sangrento,

fazendo colorir em sangue e sêmen o cotidiano cinzento.

Aquarela da maldade sem paixão.

Mal preciso e friamente calculado.

Executado em bom excesso, sem exceção,

Mal necessário pelo Cosmos ordenado.

E em obediente bucolia o forte pisa o fraco,

corta-o, queima-o e fode-o em todo buraco.

Ante o Grande Olho que masturbando-se muito se apetece...

À psicopatia deste grande bastardo dispensa-se anamnese.

Que celebre tal destino o homem agrilhoado,

Em incesto e sodomia seu promíscuo e sôfrego fado.

Que se fodam os filósofos e doutos com suas teses,

E celebre-se a vida em seu banquete de sangue, sêmen e fezes!

Vinícius Alvarenga
Enviado por Vinícius Alvarenga em 01/02/2019
Código do texto: T6564387
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.