Sem serotonina
Eu me odeio
Meu ego, olho no umbigo.
Eu, eu, eu...
Nem sei quem sou,
Mas me odeio.
Uma ratazana corroendo meu intestino,
Não é dor de barriga
É meu ódio, me odeio.
Todos os dias sinto
Que não deveria sentir mais nada.
Sou covarde, não tenho a decência
De acabar logo com isso.
Os pulsos rasgados na vertical,talvez...
A corda no pescoço, a overdose...
Sou covarde, não tenho coragem,
Mas tenho vontade.
Sou uma poça de água suja
Que insiste em não evaporar...
A vida é linda pra quem aprecia
Mas é um fardo para quem
Não tem serotonina.