Sem serotonina

Eu me odeio

Meu ego, olho no umbigo.

Eu, eu, eu...

Nem sei quem sou,

Mas me odeio.

Uma ratazana corroendo meu intestino,

Não é dor de barriga

É meu ódio, me odeio.

Todos os dias sinto

Que não deveria sentir mais nada.

Sou covarde, não tenho a decência

De acabar logo com isso.

Os pulsos rasgados na vertical,talvez...

A corda no pescoço, a overdose...

Sou covarde, não tenho coragem,

Mas tenho vontade.

Sou uma poça de água suja

Que insiste em não evaporar...

A vida é linda pra quem aprecia

Mas é um fardo para quem

Não tem serotonina.

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 31/01/2019
Código do texto: T6564043
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.