ANTÍDOTO.
A lasca da noite dos ventos uivantes
Que despedaçam trevos de caminhos, mar
Por onde corre os meus medos tremulantes
Sabe bem em vão como não me encontrar
Pequenas sobras de estrelas partidas
Ou sois escurecidos nos longos dias
Entre o ser e o ter que chorar tanto
São todos os destinos de minhas armadilhas
Partilho meus sentimentos sombrios
Como uma águia á procura do seu alimento
Seus ossos distantes voando como rios
Como folhas mortas perdidos ao vento
Assim estarei distante de seus tormentos
Assim que o gélido e branco frio soprar
Seu fôlego veneno mortífero e lento
Terei o antídoto certo para me salvar!