Os Córtices do Desejo
Desastres desabam com a confissão de meus sonhos
Insisto em dividir ações na calada súbita da manhã
Desabo no patriótico dia de minha vida
Exacerbados se degladeiam no meio da confissão racional
Interrompo o desdenho da misericórdia
Introduzindo dissimulações
Na intemperose do equívoco dia da minha mocidade
Redijo dissimulações na confissão prerrogativa do meu ser
O destino destrincha a anarquia de meu imaginário
Como a utopia insiste em combater desilusões
A janela para saída é resolver desafios
E manipular códigos, entrecortando dissensões
Na fartura das leis que inverte as colônias do desespero
Quero manufaturar a ordem
Deixar de desassossegos na caligrafia dos sonhos
Quero excomungar meus versos
Nas diretrizes que naufragam nas sentenças do dever
Incito a ultrapassagem da misericórdia
Formulando a síncretia da desolação
Viver iludido na coloquial redenção da falsa alegria
Vivenciar supremacias sendo que o sobrenatural
Não passa de momentos invasivos na marquise procedural
Da resistência da noite
Respirar sentenças do desejo que trepida
Na formulação inequívoca na transposição de meus sonhos
Resolver estigmas que se tornam obsoletos
Na geração do meu passado
Descarrego as bodas de meu sacrilégio
Quero descarregar sossegos no devaneio da assolação
Quero imaginar presságios no fascismo do entendimento
Quero me emocionar intermitando desilusões
Na franquia do desespero
Quero alcançar o almejo do paraíso
Complementar desavenças na passagem dos segredos
Quero desvanecer honras no glóbulo da luz
Amarro as cicatrizes do desejos
Pois saturo alucinações no demasiado ensinamento
A gana suspende o respiro da saturação
Desvendo a oligarquia do desejo
No selo da imaginação que confisca realinhamentos
No sossego do desespero
Me fundo com as rochas de meu imaginário
Vario o ímpio sacrilégio que explode no confessionário do casual
Quero interceder preconizações
Que vilipendia as dádivas do desejo
Esvairo a acefalia da desperança que galga
Até as veredas de meus sonhos
Prerrogo as confissões que redesdenha
Os frizos da soberba
Quero viver entendiado pelas labutas do desejo
Reviro o destino que preconiza o desdobramento do sistema
Saturo a resignação de meu desespero
Que vivencia as labutas súbitas da realidade
Pronteando desassossegos nos córtices da eternidade