O Arquiteto dos Presságios

Como viajar nas núpcias do desejo

Se a confissão regride nossos sonhos

Na destemperança final como regridir confissões

Se o medo bate a nossa porta

Lacrimejam-se os olhos e minha boca

Cada vez mais atordoada

Espera - se um pouco mais de labuta

No descenso do desespero

Quero confiar nos meus presságios

Anarquizando palavras no consciente da dor

Desejo uma realidade que se agrava na mocidade de meus sonhos

Me sinto levado pelos braços da misericórdia

Esqueço das marquises de minhas desolações

Quero ser levado além da agremiação do desconhecido

Me sinto quebrantado pela derrota de meus pêsames

Quero apenas continuar coagido

Escrevendo receitas no diário de minha sobrevisão

Destilo o sufoco dos flagelos da sobrevivência

Quero apenas factuar casos na alameda da destemperança

Galgo entre a odisseia do presente

Desabafando preces no conjunto de meu entendimento

Quero sobrevoar o ponto náutico da solidão

Como ressabiar destinos se alameda conglomera

Nas bodas da ilusão

As presepadas da justiça confiscam

O ponto sórdido de meu desejo

Ressabio vitórias no ponto naufragante da desolação

Como combater as intemperes do destino

Se a sucção norteia as bodas do olhar

Desabafo na troca intensa das cicatrizações do infame

Confiscar falácias contrabandiando o esvairar das alucinações

Espero nocautear as fábulas da inimizade

Como redigir ascendentes enigmas

Se a composição inibe as desidências da verdade

Atônito tracejo os vestígios da saudade

Protuberando assim o enigma das sombras

Planto verdades nas assinaturas dos céus

Revelo informações na assistência do desejo

Espero descrever as hastes de meu horóscopo

Descrevendo anormalidades no desdenho da noite

Tracejo as anomalias da substanciação

Quando as rotas desintegram o fascismo da emoção

Como nortear paradoxos

Se o futuro esconde de mim suas confissões

Nas veredas do desejo

Quero me aproximar da rota da saudade

Pois sobreponho córtices nas dunas do paraíso

Como conflitar o rebuscar da saudade

Que atrofia as infêmias formas da discórdia

Pois quero confiscar os distúrbios do desejo maléfico