Quanto Vale...
Ah, esse vulcão de egos
Temos que ser cegos
Para tal mal não há remédio
Até que a lama se derrame
Sepultando a dignidade humana...
Eis, as chagas de Minas
Brotam entre morros
Terra ferida
Lavas inflamadas
Gritam ao povo:
“ Aí de ti, se escorro!”
Lágrimas, libertas misturam-se
Às insignificantes do povo…
Digam-nos, quanto?
Vale a dor e o pranto
Daquele que a tudo perdeu
Vida, tempo e sonhos
Tudo que construiu
E não viveu...
Ema Machado