O Semblante do Desespero

Assimilo o cálice do destempero rebuscando desejos

Nas patrióticas chagas do descenso de meu parecer

Infrinjo as bodas do raciocínio

Onde galgo sonhos até a solidão inóspita da dor

Enigmas se desvanecem no ponto solúvel do desespero

Como agremiar tons se o perplexo momento

Se cobra nos sonhos do luar

Conto a eficiência na dissimulação do desejo

Enfatizo sacrilégios na disseminação do desespero

Escrevo presságios na solidão atônita da saudade

Reconheço as dádivas do destino

As concórdias se ensoberbecem nas elites do imaginário

Gravo desejos na corrente da superação

Como oxigenar ilusões se a paleta infendável do destino

Falecesse as dádivas de meu destempero

Quero ressabiar fatos nas conclusões do desespero

Quero naufragar no sossego das sombras

Factuando ilusões, ensoberbecendo enigmas

Os trajes enigmatizam o falecimento do desejo

Reagrupar enigmas pois degladeio ilusões

Na conserva da dor

Insisto em redimensionar sonhos

Vislumbrando anormalidades nas consequências do desafio

Quero separar meu destino

Das famigeradas confissões do desespero

Respiro atento no confisco da noite

Reagrupo desejos no desemboque da minha mente

Arrasto o martelo das desilusões

Preparando ensinos na acefalia da escuridão

Como conviver com isto se os estigmas

Preconizam o desejo da saudade

O destempero corre nas correntes da saudade

Amarro os enigmas nas facetas do medo

Esterilizo alucinações nas conjunções de minha obra

Escrevo as lonjuras da fama

Sendo que a anarquidade incita

As conglomerâncias da escuridão

Quero galgar até os sonhos do medo

Esperando uma simples resposta que confirma

A anarquia da noite

Depredo a mocidade das intemperes da justiça

Como confiscar ilusões se o desembolso

Não destituí as alusões do Universo

A miragem galga nas dunas do passado

Armando soluções na destemperança do futuro