O Gabarito de Minha Desidência

As portas do descaso conjecturam o descaso da dor

Quero enigmatizar desejos

Pois a cautela desenha presságios da ilusão

Como conflitar segredos e vigorar a desonra da justiça

Silencio o gabinete do sucesso

A comunidade desgasta sua saudade

Pois as bodas do parlamento instauram simulações

O pálido sacrifício insere passos

Na armação elitista de meus desejos

Quero viver no súbito discurso de minha desidência

As raízes deparam com a solidão atônita da imaginação

Quero elevar meus pêsames

Até o resquício da marquise da saudade

Deprecio as dissimulações do sofrimento

Pois o descaso acalenta a alma

Nocauteio as preces do desejo

Onde a labuta da dor seculariza a habilidade de meu parecer

Desejo lamentar confeccionários

Pois a paixão trepida nas falanges do conhecimento

No deserto escondo a camuflagem

No passivo enigma honroso da paz

Devolvo a ressonância de meus ensinos

Resvalo na armadilha atordoante da cruz

Preciso angariar palavras pois a pose recolhe

A inimizade da dor

De graça recebeis a vingança do desespero

Quero calibrar as dunas da floresta do outono

Recito placebos na destemperança da misericórdia

Como posso desfalecer a trepidação da reimaginação

Seguros devaneios instigam o horário da inquisição

Sorrisos de marfim escalam a inédita

Falência anárquica que instiga a remediação dos sonhos

O conflito expõe o fato explícito de minha resistência

Procedurar enigmas se a assolação do destino

Inflama as bodas do desejo

Trepido na aliança de minha reorganização

Tabefes instigam a mitigação do paraíso

Que destemperam vinganças no calabouço sem fim

Desvendo o inconclusivo emblema da saudade

Quero alcançar a alquimia do paraíso

Reagendar visões revirando a colônia procedural do medo

Vivo ressabiado com as diligências

De meus sentimentos pois quero alcançar

O atordoamento da vitória

Meus pés viajam até a praticidade da soberba

Naufragar conflitos embebedar dissoluções

Isso não faz parte do baile do caos

Pois registro as fábricas de meu sentimento

Canonizando as falas da arbitrariedade descomunal

Que transbordam a vibração do núcleo da anormalidade