Os Elos da Tempestade

As masmorras do desejo

Teorizam os elos de meu confessionário

Desço até as farsas desmembradas pelos meus pêsames

Fatio a solada da amargura

Quero visionar outras fábulas sem ser

A falange procedural

Mártires garimpam seus signos no galgar da tempestade

Seleciono a caracterização de minha divisão

Abrindo desvios nas armadilhas do medo

Sufocado pelo casual momento de minha redenção

Quero alicerçar dádivas no costume de minha paz

Inspeciono o adendo de meu descaso

O desejo tramita entre as facções da razão

Abro portas na descrença da saudade

Prevejo minha revisão no descrédito da tempestade

Viajo até as bordas do espaço

Esperando um telefone vingar a saudação do destino

Preces revelam a trepidação do amanhecer

Quero desmembrar culturas

Viajando para outros serenos

Cavalgo em direção a terapia da noite

Reanimo o desejo sintético de minha assolação

Prevejo armadilhas no segredo do desespero

Poéticas sinfonias do acaso perambulam na região

De meu enxume de preces

Que se equivalem ao disparate da razão

Como representar minhas evoluções

Na compreensão de meu desejo

Reascendo a confissão de meus adereços

Como copiar fórmulas se o descaso

Infringe as formas surreais da saudade

Acendo as fagulhas de meus olhos

Espeto meu coração

Embebedando minhas colônias

Nas armadilhas do descaso

Copio minha assinatura

Fazendo os magnetismos do desejo

Impor suas normas no estado de meu descenso

Como anarquizar com as palavras

Que recitam as inóspitas veredas

Almejando a labuta das alucinações

Rabiscar construções empolgam

A deidade abrasiva da emoção incondicional

Que estigmatizam a áurea do descaso

No estranho fonema que estigma

O fato honroso de minha mente

Onde sobrevoo o deserto da Amazônia

E me abrigo nas florestas do Saara