TOCA A TROMPA DO TEMPO
Toca a trompa do tempo profano
Dos delírios dos viajantes em clamor
Toca o féretro das velhas andanças
De onde se ocorre à lei e o depor
Pois a trompa do tempo toca
Sem que alguém lhe de valor
Mesmo que seja por um instante
O som da trompa ainda não acabou
Toca a trompa do tempo esquecido
Dos velhos ais de alguém
Dos trilhos longos e perdidos
De onde as frases ainda vêm
Cantando a vitória do tempo
Quando o caminho se difere
É apenas a canção do tempo
Que a todos se reverbere
Por que toca a trompa do tempo
Se ninguém mais quer te ouvir
É que a sorte já foi lançada
Jamais não pode se distrair
Então que toca todas as trompas
Enquanto se há de redimir
Do medo do sombrio passado
Enquanto o futuro há de vir