As Parábolas da Ascensão

A parede silencia os detritos da inquisição

Sozinho os mártires ocultam o ponto da facção da descrença

Atônito silêncio os diagramas do descenso

Quero vivenciar estigmas no maltrato de meus pêsames

Enxergo o futuro preconizando a armação da saudade

O desejo toma conta da miragem do medo

A estrada desvanece o torpedo

Das hastes da loucura

Quero rasgar os objetos da eternidade

Onde deparo com os estigmas da mocidade

Quero ascender até o vestígios do espaço

Como pode a Lua querer me abater

Com sua gravidade sonhadora

Descaracterizo as noções visíveis

Do dilema de minha alma

Noções não desbravam a relação honrosa da saudade

Vivo especulando desejo

Onde as dádivas satirizam os enigmas de minha mocidade

Deixo a reflexão me abater

Respiro a via da alma que ensoberbece

Os estigmas que miraculam o sintoma da razão

A utopia revela o oculto de minha sentença

Vivo apascentando desilusões

Onde o rouco difere nas relações do desejo

O incêndio formula o descenso do destino

Vivo reencontrando o desvanecer de minha saudade

Prefiro acreditar em luas falantes

Do que beber enzimas que utopiam a sorte do momento

Os meus pés dormentes e minha mente sem controle

Deságuam na querosene de minhas simulações

Quero testar meus limites

Quero quebrar o vidro de meu destino

Vivo atoa esperando o maná cair do céu

O deserto não parece a minha terra prometida

Quero apenas viver junto com os anjos

Eles são apenas fantasias do orifício de minha imaginação

Não enxergo á 2 milhas de distância

Vou a pé até o paraíso central que embrulha

A corrente da pobreza que exala em mim

As cartadas da loucura

Vias de expora não conjugam a condição avaliativa

De minha história

A estrada até a acefalia de meus desejos

Quero conviver com a fome da dor

Quero sacrificar as sangrias de minha alma

Doente, escorre as lágrimas de meu nariz

O meu olho espirra solidões na rede do desconhecido

Quem será que desmembrará os tópicos de minhas ilusões

A loucura faz parte da minha conjectura

Quero apenas intercalar fonemas

Na relembrança que os desejos revistam

As jovens anarquias submissas de meu mundo

O sub-mundo da desolação

Desdenha a parte quente da noite

Exponho a fração de meus ensinamentos

Sexualmente homens desempenham

A fecundação do emblema de seu nascimento

Enxergo tudo destoando separações

Oxigenado destempero enigmas

Na cozinha da refração

Prefiro viver na República do Ocidente

Abocanhado por uma baleia

E cuspido por um camelo

Como se a dor paralisasse o meu corpo

O dinheiro assinala a fatídica luxúria do mal

Nado e aborto meus gametas

Na falha, assinalo meu ocultamento da prosa

Quero sentir apenas o labor das emoções

Quero sentir o vigor físico da esperança