Castiçais do Horizonte

Desisto de assolar minhas dádivas

Na cicatriz de minha redenção

Respiro a conjectura do presente enforcando meus sentidos

Na divisão noturna da manhã

Desenterro o cálice naufragado pelas bodas da justiça

Onde soberano morarei na colônia matinal

A assinatura do paraíso destaca minhas obras

Na acidez da solidão pois o destempero

Anarquiza meus pensamentos na saudade de meu parecer

Incito as obras da justiça a desmembrar seus planos

Nos castiçais da eternidade

Suplanto as confissões do destino

Incitando a histórica divisão do sofrimento

Na rajada de minha imaginação

O horizonte arquiteta as sombras evolutivas do medo

Galgando passagens até o infame desejo

De meu coração pois o futuro

Falece em gotículas no cheiro exalante de minha mocidade

Redijo visões nas bodas do infortuno

Os meus olhos não abatem a resolução fétida

Camuflando a linguagem inóspita da luz

A glória surpreende nossa ascensão

Onde desintegro as anomalias do passado

Cercando em dissimulações a atrofia dos sonhos

Preencho a desolação da dor

Incitando personagens a rabiscar seu futuro impróprio

Na confissão de meu olhar

Pois o desespero formula a castidade do amanhecer

Desisto de solidificar palavras

Pois a ressonância do destino desmascara

A dócil realidade que instiga as relações humanas

Resisto as veredas do desconhecido

Onde moldo palavras incitando os sábios

A erradicar ilusões nas bodas ilusórias da justiça

A razão reverte os enigmas

E as insignias se dissolvem no mar da desolação

A geração otimiza os desejos de meus pensamentos

Pois desmascaro a saída atônita do fato inconsequente da dor

A saída para decifrar a condição honrosa da razão

É decifrar códigos na famigerada sequência da dor

O prazer enaltece as concórdias do dever

Onde assino a fórmula de meu desejo

Vingo meu destino na ilusão estagnada na ascensão

Que se embebeda nos olhares redentivos de minha solidez