Se é de platonismo que vivem os loucos

Era noite escura,

Quando se permitiu a loucura,

De matutar tais venturas,

No vir e ir de palavras repulsas,

No vir a ser alma impura,

Então degustar momentos impróprios,

Sentir na pele quando se concluía,

Veio arrepio ao passo de suspiro,

Chega-se o toque fomenta o transpiro,

A medida do entrelaço das palavras,

A distância platônica quase sumia,

O delírio momentânio se enfatizava,

E mente promíscua não mais se autorreprovava,

Enfim volta-se a alma vazia,

E sim.

Levanta-se da imersão esquizofrênica.

Se deveria levantar?

Não sei,

Se vale mais não sentir ou se render ao delírio difere de louco para são.

Madame Rouge
Enviado por Madame Rouge em 22/01/2019
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